Ontem eu estava batendo um papo super cabeça no msn. Eu e minha amiga falávamos sobre o descaso dos seres humanos para com o próximo. Ela escreveu sobre isso no blog dela, e quando eu li me dei conta de que não sou uma pessoa que ajuda o próximo!
Quer dizer... eu sempre me vangloriei de ser uma pessoa "observadora", que sempre procura prestar atenção ao que está acontecendo a minha volta. O problema é que eu vejo as coisas erradas e simplesmente não faço NADA! Não é que eu querira salvar o mundo, não é isso [querer eu quero, só não é cabível a mim], mas ao ver um mendigo dormindo com um papelão servindo de cama e simplesmente fingir que não viu, pode ser considerada uma atitude um tanto quanto egoísta.
É por essas e outras que não só o Brasil, mas o Mundo está como está. Tem um vídeo na internet com o seguinte título: "a menina que calou o mundo por 5 minutos". Este vídeo mostra uma garota falando ao conselho da ONU sobre o descaso deles com o mundo e ela pergunta o que eles gostariam de deixar para os filhos e netos. Esse tipo de pensamento não se aplica só no caso do aquecimento global. Você gostaria que seu neto tropeçasse em um menino de rua no caminho para a escola? Isso já aconteceu comigo, e eu afirmo que não é uma sensação muito boa. A criança te olha com um olhar de súplica, implorando ajuda. Mas como estamos sempre preocupados com o nosso próprio mundinho, não o notamos, afinal, é muito mais fácil e conveniente fingir-se de cego.
Hoje eu vim aqui protestar. Não só contra as pessoas sem compaixão e cegas pela sociedade. Vim aqui também protestar contra mim mesma. Eu passei muito tempo vendo as coisas acontecerem e não fazer nada. Em São Caetano era difícil, afinal lá é a "cidade do futuro", não tem favela, acredito que nem cortiço mais tem, porém uma coisa que AINDA não erradicaram por lá foram os mendigos, o submundo. Em São Paulo então nem se fala. Eu fico com um ódio mortal dos prefeitos toda vez que eu vejo um morador de rua. Esse povo quer construir CÉU, escolas e UBS mas esquece de melhorar a condição de vida do paulistano. Não que esses projetos não melhorem, muito pelo contrário, mas eu acho que se a pessoa chegou ao ponto de morar na rua, é porque todas as portas foram fechadas para ela. Agora, aqui em Cabreúva já é outra história. A cidade é atrasada mesmo. O prefeito está começando a asfaltar as ruas agora. A precariedade dessa cidade me assusta. Afinal, temos um bairro que é apelidado de favela. Mas isso já é uma outra história.
Pra concluir: Pensem, hoje, no que vocês querem deixar para os seus filhos. Eu não estou falando de aquecimento global, preservação da Amazônia nem nada disso. Eu estou falando em atitudes simples e pequenas que são capazes de mudar o mundo. É um texto politicamente correto? É. Mas querem saber? Se parássemos mais para pensar sobre isso, hoje seríamos pessoas diferentes.
*beijos pra quem comentar!
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